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Prefeitura integra ações de conscientização e informação sobre a fibromialgia 

14/05/2025

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Na segunda-feira, 12, a Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do bairro Cidade de Águeda recebeu uma roda de conversa sobre a fibromialgia. A iniciativa faz parte do apoio institucional da Prefeitura do Rio Grande ao grupo “Unidas pela Fibromialgia”, que atua na cidade promovendo a conscientização da população sobre a doença. Através da Secretaria de Relações Institucionais e Comunitárias (SMREIC), a administração municipal está participando de atividades e mobilizações do grupo, a fim de fortalecer a rede de local de apoio. Uma das intenções do grupo é formalizar uma associação dedicada à fibromialgia no Município.

Outro aspecto importante do apoio institucional será a introdução do tema da fibromialgia nas capacitações da Rede Municipal de Saúde. O Município também está promovendo o acesso às Práticas Integrativas e Complementares (PICs), ampliando as opções de tratamento disponíveis para a população. Além disso, está em fase de implementação uma campanha municipal para combater o preconceito e a desinformação sobre a fibromialgia.

Além de promover as rodas nas unidades básicas de saúde, a Prefeitura também tem integrado ações de divulgação em locais estratégicos, como a realizada no Praça Shopping no último final de semana, onde foram realizadas intervenções para informar o público sobre a fibromialgia e combater o preconceito relacionado à condição. As ações buscam desmistificar a doença e promover um diálogo aberto entre pacientes, familiares e a sociedade em geral.

O que é a fibromialgia?

A fibromialgia (FM) é uma condição que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica (dura mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. Ela é acompanhada de sintomas típicos, como sono não reparador (sono que não restaura a pessoa) e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e muitos pacientes queixam-se de alterações da concentração e de memória.

Causa

Ainda não totalmente esclarecida, mas a principal hipótese é que pacientes com FM apresentam uma alteração da percepção da sensação de dor. Isso é apoiado por estudos em que visualizam o cérebro destes pacientes em funcionamento, e também porque pacientes com FM apresentam outras evidências de sensibilidade do corpo, como no intestino ou na bexiga. Alguns pacientes com FM desenvolvem a condição após um gatilho, como uma dor localizada mal tratada, um trauma físico ou uma doença grave. O sono alterado, os problemas de humor e concentração parecem ser causados pela dor crônica, e não ao contrário.

Impacto na Saúde

A FM é bastante comum, afetando 2,5% da população mundial, sem diferenças entre nacionalidades ou condições socioeconômicas. Geralmente afeta mais mulheres do que homens e aparece entre 30 a 50 anos de idade, embora existam pacientes mais jovens e mais velhos com FM.

Diagnóstico

O diagnóstico de FM é eminentemente clínico, com a história, exame físico e exames laboratoriais auxiliando a afastar outras condições que podem causar sintomas semelhantes. Não há alteração dos exames que indicam inflamação, como a velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa. Exames de imagem devem ser interpretados com muito cuidado, pois nem sempre os achados da radiologia são a causa da dor do paciente. A FM pode aparecer em pacientes que apresentam outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico, e muitas vezes dificulta uma completa melhora destes pacientes.

Tratamento

A meta no tratamento da FM é aliviar os sintomas com melhora na qualidade de vida. A FM não traz deformidades ou sequelas nas articulações e músculos, mas os pacientes apresentam uma má qualidade de vida.

O principal tratamento da FM é não-medicamentoso, ou seja, os cuidados do paciente consigo mesmo são mais importantes do que as medicações, embora estas também tenham seu papel. O principal tratamento da fibromialgia é o exercício aeróbico, aquele que mexe o corpo todo e acelera os batimentos cardíacos. Esta parece ser a melhor a maneira de reverter a sensibilidade aumentada à dor na FM. Além disso, é importante entender sobre a doença (educação) e alguns casos terapia psicológica pode ser útil, principalmente para aprender a lidar com a dor crônica no dia a dia.

Com informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia

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