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A programação do Abril Indígena segue movimentando a Casa de Cultura Francisco Bianchini, no balneário Cassino, com uma série de atividades voltadas à valorização da cultura dos povos originários. A iniciativa da Secretaria de Município da Cultura e Economia Criativa – SMCEC teve início no dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, e se estende até a próxima quarta-feira, 30.

Neste domingo, 27, o destaque foi a Feira Cultural Indígena, realizada a partir das 14h, com participação de representantes das tribos Parar Rokê e Tekoá Y’yrembé. O evento reuniu comunidade e visitantes para uma imersão nas tradições, saberes e expressões artísticas indígenas, com apresentações de canto, coral, dança e uma mostra variada de artesanato.

“O espaço que estamos ocupando aqui é para mostrar a nossa cultura, nossos costumes e tradições. Vamos mostrar o nosso canto, a nossa dança, convidando toda a comunidade para conhecer os nossos eventos e entender a importância do mês de abril para os povos originários”, explicou o cacique Gildo Gomes, da aldeia Parar Rokê.

À noite, a partir das 18h, a programação seguiu com a exibição de dois curtas-metragens com temática indígena: “Mulheres Araucárias” e “Y’yrembé – das Missões ao Rio Grande”, ambos produzidos em 2024. As sessões encerraram a mostra de cinema iniciada no sábado, 26, quando outros quatro curtas foram exibidos na Casa de Cultura.

Segundo Cássio Pinheiro, superintendente de produção cultural da SMCEC, a proposta do Abril Indígena é trazer visibilidade aos povos originários e estimular o diálogo entre culturas.

“Realizamos diversas atividades do Abril Indígena. Tivemos uma exposição arqueológica aqui na Casa de Cultura, promovemos oficinas de Kaingang, recebemos visitas de escolas. Hoje, domingo, estamos realizando a Feira Cultural Indígena, com os povos das tribos Parar Rokê e Y’yrembé. Os caciques vieram mostrar um pouco da sua arte e do seu artesanato. Também teremos apresentação de coral e mostra de cinema indígena. A programação encerra na quarta-feira, 30, com o Fórum Indígena, para recomposição do quadro do Conselho Municipal dos Povos Indígenas”, relatou.

Durante a Feira, os visitantes puderam conhecer e adquirir peças de artesanato como balaios, colares, brinquedos tradicionais, zarabatanas e instrumentos musicais.
“Esperamos que as pessoas tenham gostado da nossa presença, pois estamos mostrando o nosso trabalho e a nossa cultura. Agradecemos o apoio da comunicação na divulgação dos nossos eventos, pois no próximo ano acredito que teremos um público ainda maior para valorizar a nossa cultura e conhecer as nossas famílias”, afirmou Eduardo Ortiz, cacique da tribo Tekoá Y’yrembé.

A programação segue na segunda-feira, 28, com uma oficina sobre o idioma Guarani, às 9h, também na Casa de Cultura. Na terça-feira, 29, o professor Martin Tempass, do Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI/Furg ministra a oficina “Vixurungá: arte Guarani e suas histórias”. E, na quarta-feira, 30, o Abril Indígena será encerrado com uma reunião para recomposição do Conselho Municipal dos Povos Indígenas, às 14h.

Além das atividades culturais, a Casa de Cultura Francisco Bianchini está recebendo doações de alimentos, roupas, agasalhos e cobertores destinados às populações indígenas das aldeias locais.